segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

A minha perspectiva da Agel

Sou um convertido Agel? Não! Não me converto. Eu vi na Agel uma forma de ganhar dinheiro. As pessoas condenam à partida alguém sem saberem nada delas, e fazem julgamentos sobre negócios sem os conhecerem, ou sem terem qualquer prova ou fundamentação. Aconteceu em relação à Herbalife e acontece agora com a Agel. Informo em primeiro lugar que são negócios completamente distintos, aliás opostos praticamente. Um é um negócio em pirâmide (em que se ganha sobre as vendas dos patrocinados), outro, o da Agel, é um negócio de Markting que funciona por níveis (em que se ganha sobre as compras de membros). Tal como em qualquer negócio de comércio, quase 95% dos empregados (sejam promotores, comerciais, vendedores, ou outros) ganham comissões sobre o que os clientes compram. Isto é perfeitamente legal e está em quase todos os negócios que funcionam por objectivos (exemplo: Quase todas as lojas de grandes superfícies). A Agel funciona da mesma forma, só que não por lojas ou agentes com espaços físicos e estabelecimentos. É um negócio legal e tão vulgar como qualquer outro, mas com um esquema de comissões muito mais aliciante. Foi isto que vi na Agel depois de muito analisar a situação. Sou advogado, conheço bem estes esquemas, e a Agel não é mais uma trafulhice. É garantia de dinheiro? Não! Temos que conseguir recrutando novos membros para o negócio. Mas se isso acontecer, aí sim, ganha-se dinheiro, e de uma forma exponencial. Basta conhecer bem o esquema para perceber isso...

Porque entrei? Não pretendo enriquecer com isto. Tenho um bom nível de vida graças a muita dedicação ao meu trabalho... Permite-me ter um bom carro, e uma boa casa num condomínio quase de luxo. Como qualquer outra pessoa claro que: Tudo o que vem a mais é bem vindo. Não me posso dar a luxos e excentricidades, nem pretendo, mas gostava de poder concretizar alguns sonhos. Não fiquei aficcionado pela Agel, mas pensei que podia ter algum sucesso, caso conseguisse levar o negócio avante.

Acreditei? Numa fase inicial não. Depois analisei bem o esquema e pareceu-me interessante (nunca achei interessante qualquer negócio deste género e não me deixo influenciar). Analisei o enquadramento legal, e as verdadeiras possibilidades, ignorando completamente as promessas de dinheiro e de sucesso. Isso pode acontecer, ou não acontecer, depende de nós... Mas sei de fonte segura que resulta, desde que o consigamos levar avante. A minha cunhada entrou em Março, e está neste momento a ganhar 6.000 euros por mês. Duvidei disto, pensei que fosse uma tentativa de mostrar que era um bom negócio para convencer mais gente... Até ter visto o extracto da conta que o meu irmão (marido dela) me mostrou. Aí percebi que realmente era viável, e não uma farsa. É preciso ter algum bom poder para comunicar e para não desmotivar no primeiro mês, mas depois compensa.

250 Euros para o lixo, ou para enriquecer? Como anónimo posso dizer que os 250 euros não me fizeram grande diferença no orçamento, por isso pensei: Vou tentar, e ver no que dá, para perceber as reais possibilidades da coisa. Sempre pensei: Isto comigo não vai resultar, não tenho tempo nem grande paciência para me dedicar a estas coisas. Mas decidi entrar na mesma. A verdade é que ao entrar temos acesso a um backoffice on-line bastante bem construído, e que me fez ver que talvez a coisa até corra melhor do que pensava. Fiquei a saber por exemplo, que se não atingir os 130 euros no 1º mês (para cobrir o valor pago mensalmente), posso pura e simplesmente não pagar aquele mês (claro que também não recebo comissões), e começar a pagar apenas no próximo, já com a rede mais composta. Ora, isto é ou não uma garantia de uma empresa que realmente se importa minimamente, e que não pensa só em dóllares? Pareceu-me humilde e inteligente. Se não atingir a minha rede este mês, não pago, pago no próximo.. Podemos estar 3 meses de abstinência, a partir desse momento somos excluídos. Parece-me que 3 meses é uma boa margem para conseguirmos uma boa rede, e para nos lançarmos sem despesas mensais.

Arrisquei, estou nisto à uma semana, e estou com um espírito de: Se der dá, se não der não deu. Não estou preocupado com o valor investido, mas quero sim (e daí ter feito este blog), perceber as reais possibilidades e probabilidades de se ter sucesso neste negócio, ou se é uma questão de sorte, ou uma questão de empenho, e se há alguma falta de transparência em tudo isto.

Conclusão: Entrei sem compromissos, sem obrigações, sem sonhos ou ilusões, mas sim afim de testar a coisa e partilhar aqui para eventuais interessados...

2 comentários:

Anónimo disse...

"Fiquei a saber por exemplo, que se não atingir os 130 euros no 1º mês (para cobrir o valor pago mensalmente), posso pura e simplesmente não pagar aquele mês (claro que também não recebo comissões), e começar a pagar apenas no próximo, já com a rede mais composta. Ora, isto é ou não uma garantia de uma empresa que realmente se importa minimamente, e que não pensa só em dóllares? Pareceu-me humilde e inteligente. Se não atingir a minha rede este mês, não pago, pago no próximo.. Podemos estar 3 meses de abstinência, a partir desse momento somos excluídos. Parece-me que 3 meses é uma boa margem para conseguirmos uma boa rede, e para nos lançarmos sem despesas mensais."

>>>> Quem não enxerga, não enxergam e não há nada a fazer.

Quando atingirmos a saturação de mercado, os últimos da fila vão ficar agarrados porque não conseguem recrutar mais ninguém. Esses, se calhar, também vão esperar dois ou três meses até colocarem o próximo pagamento. O problema é que com o passar dos meses não entra mais ninguém, e quando eles quiserem reaver o dinheiro da encomenda inicial, vão chegar à conclusão que já não podem, porque a Agel só aceita devoluções de produto no espaço de UM MÊS. Conclusão - 50% do total de inscritos NUNCA VAI GANHAR UM TUSTO COM O NEGÓCIO, E MAIS 40% DOS QUE LHES ESTÃO ACIMA VÃO TER UM SALDO FINAL NEGATIVO.

É, sem sombra dúvida, uma empresa que se "preocupa minimamente", mas é só com os seus lucros...

Cumprimentos,

Pedro Menard

Anónimo disse...

Curioso.. a herbalife existe a 27 anos no mercado com um modelo de recrutamento semelhante, e ainda continua em funcionamento... Se a Agel tem 2 anos, ainda falta muito até que haja essa tal saturação, parece-me. Para alem de que todos os anos há novos recem-licenciados, novas pessoas prontas a apostar num negócio, e há sempre uma renovação. Claro que daqui a 25 anos a renovação será menor, mas até lá...

Quanto ao "nao enxerga, nao enxerga", nao me parece uma resposta válida.. apenas uma forma de argumentar sem argumentos. Essa vantagem de poder nao pagar as mensalidades até ter uma rede razoável nao é de todo descabido, e é uma forma de evitar endividamentos, ou desistencias no primeiro mes, uma vez que da mais tempo da rede crescer...